Páginas

domingo, 17 de abril de 2011

Incas


Os incas formaram um rico império ao longo da região andina.

Fixados na região dos Andes, os incas constituem uma grande civilização que dominou uma ampla faixa de terras pelo território sul-americano. De acordo com um relato de natureza mítica, o povo inca se fixou inicialmente na região de Cuzco e teve como primeiro grande líder Manco Capac. Por causa das condições geográficas mais favoráveis, a presença inca se concentrou primeiramente na região central dos Andes.

Por volta do século XV os incas estabeleceram um processo de expansão territorial que buscou os planaltos encravados entre as montanhas andinas e as planícies do litoral Pacífico. Sob a tutela do imperador Pachacuti Yupanqui, outras populações foram militarmente subordinadas ao poderio inca. Com isso, a civilização passou a tomar a feição de um grande império.

“O Inca” era a mais importante autoridade política entre o povo inca. Venerado como o descendente do deus-sol Inti Raymi, o imperador era o principal guardião de todos os bens pertencentes ao Estado, incluindo a propriedade das terras. Os terrenos cultiváveis eram divididos em três parcelas distintas: a terra do Inca, destinada ao rei e seus familiares; a terra do deus-sol, controlada pelos sacerdotes; e a terra da população.

Em um âmbito geral, a elite da sociedade inca estava composta pela família real e os ocupantes dos altos cargos político-administrativos (sacerdotes, chefes militares, juízes, governadores provinciais e sábios). Logo abaixo, em posição mediana, temos os comerciantes e artesãos que garantiam a circulação de mercadorias que atestaram a presença de uma rica cultura material.

Os camponeses se organizavam através de um extenso grupo familiar que ficava conhecido com o nome de ayllu. Cada ayllu tinha o trabalho agrícola, o serviço militar e suas demais obras organizadas por um líder mais velho chamado curaca. Geralmente, cada uma dessas unidades de produção era dotada de um grande armazém que estocava alimentos e roupas utilizados em qualquer eventualidade.

A religiosidade dos incas era marcada pela adoração de vários elementos da natureza, como o sol, a lua, o raio e a terra. No sistema de valores da religião inca, todos os benefícios alcançados deveriam ser retribuídos com algum tipo de sacrifício que expressava a gratidão dos homens. Por esse fato, observamos que os incas organizavam vários rituais onde os sacrifícios, inclusive de humanos, eram comuns.

Para interligar as cidades de integravam o Império Inca, uma série de estradas em pedra foi construída com o objetivo de facilitar a comunicação e o deslocamento entre as pessoas. Vale ressaltar que as cidades incas contavam com vários projetos arquitetônicos complexos que incluíam a construção de palácios, fortalezas, e templos com dimensões surpreendentes.

No século XVI, momento que marca a chegada dos espanhóis à América, a civilização inca sofria com uma série de conflitos de ordem interna. Aproveitando dessa instabilidade, os colonizadores europeus empreenderam um violento processo de dominação. No ano de 1571, os remanescentes desta civilização foram subordinados após a morte de seu líder, Tupac Amarú I.

Fonte: www.historiadomundo.com.br/inca

Cultura dos Incas

Arte Inca
Os Incas faziam vários objetos utilizando o ouro, principalmente, esculturas de animais, deuses e representações de elementos da natureza. O artesanato inca também foi um elemento importante da cultura. Faziam cestos e redes com fibras vegetais. Também pintavam em tecidos, utilizando tintas naturais (sangue de animais, minérios, carvão, etc).


Arquitetura Inca
Os incas utilizaram a pedra como base das construções. Embora habitassem uma região montanhosa, onde a dificuldade de construir é maior, construíram templos, diques, canais de água, casas, palácios e observatórios astronômicos. Para ligar as construções, fizeram uma rede de estradas de pedra.

Mitologia e religião
Segunda as lendas incas, o mundo foi criado por Virachocha, o todo poderoso. Os incas eram politeístas, pois acreditavam em vários deuses. Estes deuses incas estavam ligados à natureza. Portanto, havia deus do trovão, da chuva, do sol, do vento, etc. Porém, o deus mais poderoso e importante era Inti, o deus Sol.Em homenagem aos deuses, os incas costumam praticar o sacrifício de animais. Isto era feito também para pedir ajuda aos deuses, em momentos de necessidade (seca, guerra, colheita, etc). Grande parte dos rituais religiosos acontecia na cidade de Machu Pichu, o vale sagrado dos Incas.

Ciência
Os incas criaram um objeto chamado quipo, que servia para realizar contagem de objetos, pessoas, impostos e alimentos. O quipo consistia numa série de barbantes coloridos com nós. Cada cor e cada nó tinham significados e valores diferente.

Música Inca
Os incas usavam uma espécie de flauta de bambu para tocar músicas. As músicas eram criadas para simples diversão ou em homenagem aos deuses e à natureza.

Fonte: ospovosincas.blogspot.com

Sociedade Inca

A sociedade inca caracterizava-se por três grandes grupos sociais. No ápice da pirâmide temos o grande Inca o qual realizava o culto ao Sol. Os sacerdotes eram responsáveis por sacrifícios, adivinhações e também pela educação de jovens nobres. Em seguida vinham os nobres que geralmente eram membros da família do Inca, ou descendentes dos chefes de clãs que passaram a integrar o império. Foram chamados de orejones pelos espanhóis porque usavam olhereiras. Os yanaconas eram uma espécie de escravos selecionados entre prisioneiros de guerra ou populares que eram encarregados de proteger seus senhores, administrarem terras do Templo do Sol e os armazéns de abastecimento. Somente altos funcionários e chefes militares podiam ter a seu serviço os yanaconas os quais, é importante lembrar, podiam possuir bens, o que não nos permite confundi-los com escravos. Apenas um dos filhos do yana era escolhido para continuar a atividade do pai. Alguns viviam em meio ao fausto de Cuzco enquanto outros serviam curacas pobres em regiões distantes. Algumas mulheres também eram escolhidas para serem educadas nos monastérios do Sol por mulheres mais velhas e descendentes da etnia dos incas. Algumas tornavam-se esposas secundárias do imperador, outras eram dadas em casamento a quem o imperador desejasse e outras permaneciam virgens para poder participar do culto solar. Ao lado da atividade ritual estas mulheres também se dedicavam a fiar e a tecer. O número delas por vezes era tão grande (perto de 2000 mil), que permitia uma produção que escapava a política de reciprocidades tradicionais. O mesmo ocorria com a produção dos yana favorecendo a desagregação das antigas formas de solidariedade social. Portanto as relações sociais estavam em transformação indicando uma tendência de transformação do Estado. O povo tinha um papel extremamente importante na sociedade na medida em que era responsável pela sobrevivência alimentar através do cultivo da terra e, também, pelas guerras que faziam parte das formas de controle da produção em uma área bastante extensa. As terras eram divididas em três partes. Os produtos obtidos do cultivo da primeira parte eram oferecidos ao culto do Sol, os da segunda parte para o Inca e os da terceira parte para a comunidade.


Fonte: ospovosincas.blogspot.com

Sociedade Inca

O casamento

A idade para o casamento era aos 20 anos para o menino e 16 para a menina. Quando chegavam a essa idade, eram dispostos em duas colunas e um funcionário os casava. A escolha entre eles já havia sido feita anteriormente cabendo ao funcionário apenas resolver conflitos em caso de uma mesma mulher ser escolhida por dois homens. Realizada a cerimônia, o casal recebia terras da comunidade a qual estavam ligados.
Se o procedimento desses casamentos não nos causa surpresa o mesmo não podemos dizer do processo pelo qual algumas mulheres eram escolhidas em uma comunidade para serem enviadas a Cuzco.

De tempos em tempos reuniam-se em um distrito todas as meninas de 10 anos sendo escolhidas as mais inteligentes e bonitas. Em seguida eram mandadas para Cuzco onde iam aprender cozinhar, tecer e outras prendas mais que consideravam necessárias. Depois de alguns anos, outra escolha definiria aquelas que seriam distribuídas como esposas secundárias (do Inca ou de nobres), e aquelas que deveriam permanecer em celibato.
O que é importante observar nesta política de casamentos é a criação de laços inter-étnicos, aproximando mulheres originárias de grupos étnicos diferentes do universo cuzquenho.

Danças

Qamili: Uma dança praticada em grande escala, com vestimenta especial e originária das cidades de Maca e Cabanaconde.

Wit'iti: Dança para um grupo com vestes especiais, originária de Colca e Caylloma.

Saratarpuy: Sara=milho, Tarpuy=colheita.É uma variação da Qamili e é praticado quando é tempo de colheita do milho, eles dançam nesse evento especial o saratarpuy, desejando que a colheita seja boa.

Qhashwatinky: Competição de dança entre grandes grupos, com pessoas jovens que tocam grandes flautas chamadas pinkullos.

Sarawayllu: Praticado em quase todas as cidades Kechwas cada vez que se termina de construir uma nova casa. Não é uma dança, é somente cantado pelos convidados.

Kiyu-Kiyu: É uma dança sobre a chuva. As pessoas, dirigindo-se para a cidade santa(varayuq) saem pelas ruas da cidade(ayllu) cantando e dançando na chuva.

Llamera: Llamera é uma jovem que cuida de lhamas e vive nos Andes.
Essas danças são muito bonitas e foram compostas pelas lhameras, que dançam e cantam enquanto suas lhamas pastam, ou enquanto viajam com as lhamas pelos solitários lugares dos Andes. Atualmente não são somente elas que cantam e dançam "As llameras", também grupos de meninas de cada cidade dos Andes em qualquer evento ou celebração.

Tinkaches: Uma dança e canto praticados enquanto suas terras e animais são dedicados à Deus. Ao som do tambor e da flauta eles dançam e cantam felizes, desejando que Deus cuide das suas terras e animais.

Hailis: Canções cantadas depois de terminar o trabalho no campo, ali não tem instrumento musical. Um começa a cantar e o outro responde: Haili!

Yarqha Haspiy: Canções cantadas por mulheres que trabalhavam nos canais de água, trabalho muito importante, pois de lá depende o abastecimento de água para a cidade; este trabalho pode ser de duas vezes ao ano de acordo com a vazão.

Nota: Quando os Quíchuas cantam essas canções, contam histórias e lendas. Se ninguém mudar as letras das músicas, elas serão folclóricas autênticas.

Fonte: www.historiadomundo.com.br/inca/sociedade-inca.htm

História da Civilização Inca

Os Incas foram um dos povos mais civilizados da América.Compunham, principalmente as tribos Quéchuas, Aymará, Yunka, etc, que formavam, segundo os espanhóis o Império dos Incas, denominação derivada da família reinante pertencente à tribo dos Quéchuas, a principal do império. Habitavam a região hoje ocupada pelo Equador, Peru, norte do Chile, Oeste da Bolívia e noroeste da Argentina. Mais de dez milhões de cidadãos haviam se fundido nesta unidade política e cultural que era de elevado nível. Fisicamente os Incas eram de pequena estatura, pele morena, variando do moreno claro ao escuro, cabelos pretos e lisos quase imberbes. Quanto a organização social e política segundo o testemunho espanhol, eles eram perfeitos, possuidores de espírito comunitários.

Adoravam o Sol reencarnado em cada Inca ou imperador, que era filho do Grande Sol, deste modo o Imperador era considerado deus dentre o povo. Os mortos eram sepultados não somente em templos, mas também em torres túmulos e covos (denominados Chullpas). Os templos dos Incas não eram mais do que habitações de maiores dimensões e eram construídas as superfícies da terra. Um dos aspectos que mais se salientam na cultura incaica é a solução que deram para o problema das comunicações, que apresentavam sérias dificuldades na região dos Andes. Estabeleceram uma complexa rede de caminhos e um corpo permanente de mensageiros (Tiasques) encarregados de transmitirem as noticias. Praticamente a agricultura que havia atingido entre eles, notável desenvolvimento, demonstrado pelas obras de irrigação.
Os Incas empregavam fartamente os metais, cobre, bronze, ouro, prata, o que despertou a cobiça dos conquistadores.
Em 1553, o país foi conquistado por Pizarro e submetido à coroa espanhola. A cultura Inca foi totalmente destruída e, na atualidade restam apenas ruínas de seus grandiosos monumentos templos e palácios.

Durante muito tempo a historiografia abordou o Estado inca como um "paraíso perdido", no qual inexistia a fome, a exploração e a violência. Estes fatos incentivaram a imaginação dos novelistas, estudiosos e pesquisadores, que procuraram descobrir influências de extraterrestres ou a construção do primeiro Estado comunista em terras americanas.

Características

O estado mantinha um sistema tributário que cobrava tributos para manter os velhos e os doentes, e para fornecer alimentos nas épocas de má colheita, com um soberano, que a ideologia inca dizia ser o filho do sol (o sol lhe outorgava proteção divina e ordem social).

Realmente é extraordinário que uma civilização tenha se estendido por 4000 quilômetros ao longo da Cordilheira dos Andes sem dispor da roda nem duma boa malha hidroviária para transportar os excedentes agrícolas, que foi o que causou o aparecimento das civilizações em outras partes, pois os Incas com suas técnicas de engenharia fizeram obras que seriam uma árdua tarefa mesmo para a engenharia moderna .

Os incas eram construtores exímios. Sem o auxílio da argamassa, edificaram paredes tão perfeitamente ajustadas que era impossível introduzir a lâmina de uma faca entre as pedras . Milhares quilômetros de estradas ligavam as quatro províncias ou confins como as chamavam, à Cuzco a capital, era superior a tudo o que existia à data na Europa. Embora o pavimento de pedras lisas pudesse ter sido concebido para veículos, numa sociedade sem cavalos e sem roda todos andavam a pé. Estas estradas transpunham rios por meio de pontes pênseis, eram tão sólidas que muitas delas foram usadas ainda no século XX .

Uma sociedade que tributava as pessoas e não a produção devia possuir um sofisticado esquema de controle. O Estado inca conhecia a quantidade de homens, mulheres e crianças de cada ayllu, conhecia o número de indivíduos com que podia contar para montar um exército sem afetar a produção, sabia quanta mão-de-obra era necessária para construir uma ponte e onde requisitá-la. Sabia das necessidades de alimento, roupas e armas para sustentar os mitamáes.

Comida e Bebida

Moda

Passatempos

Artes plásticas e Arquitetura